"Aquilo nunca tinha acontecido", diz Florence Welch sobre assédio dos paparazzi no Rio de Janeiro

pub3

Florence Welch

Depois de uma longa e ininterrupta tarde de entrevistas em um hotel paulistano, Florence Welch está cansada. Aparentemente, lidar com a fama e com a avidez da imprensa e dos fãs ainda está sendo um aprendizado para a cantora britânica de 25 anos. “Eu fico mais nervosa ao fazer coisas assim [entrevistas] do que de estar no palco”, explica a vocalista do Florence + the Machine, que a partir desta terça, 24, faz três shows no Brasil, dentro do Summer Soul Festival.
“No palco é como se você pudesse controlar o tempo, você sabe o que vem em seguida. É uma plataforma para as suas emoções: lá, você tem controle delas, o que não acontece no dia a dia”, continua Florence. De perto, e com um salto plataforma, a cantora ruiva (que nasceu com cabelos castanhos) parece ainda mais alta e magra que nas fotos. Falando baixo e devagar, ela mostra uma delicadeza extrema, como se você pudesse quebrá-la apenas com palavras. O termo “frágil” seria uma boa definição? “Definitivamente. Sou uma pessoa muito sensível, fico assustada com facilidade. Com a música eu posso encarar meus medos e controlá-los de alguma forma”, ela afirma.
Mas não foi com o assédio que Florence percebeu que as coisas estavam mudando na sua carreira. “Talvez quando ouvi minha música no rádio pela primeira vez. Foi assustador, corri para desligar. É como se alguém te visse pelada de repente”, brinca. “Eu estava em um quarto, sozinha, e foi tipo: ‘Ai, meu Deus’”, continua, pela primeira vez parecendo mais à vontade, mesmo que ainda tivesse pela frente uma entrevista coletiva.
No Rio de Janeiro, por exemplo, ela foi clicada por paparazzi enquanto tomava caipirinha na praia com sua equipe. “Aquilo nunca tinha acontecido. Então, foi muito estranho. Ainda sou ingênua em relação a qual o nível de fama em que estou, mas eu nunca espero que as pessoas saibam quem eu sou”, afirma. A crescente "perseguição" dos fãs também a surpreende. “Pode ser um pouco opressivo. Na minha cabeça, eu sou apenas eu mesma. ‘Está tudo bem, calma! [como se estivesse falando para um fã] E eu me sinto mal se alguém chora. Nunca sei o que fazer quando as pessoas choram. Sou apenas eu, não sou assustadora. Esse é o tipo de coisa a qual nunca me acostumo.”

COMENTE SOBRE ISSO

Gostou da notícia então divulgue-a

Disqus Shortname

Comments system

pub7

Pub8

pub9